Laboratório de Biotecnologia Neolítica

No Laboratório de Biotecnologia Neolítica- LBN são desenvolvidas atividades relacionadas a pesquisa de biotecnologias agrícolas TRADICIONAIS. Vinculado institucionalmente ao Departamento de Engenharia Rural, do Centro de Ciências Agrarias da UFSC, tendo como foco diversos tipos de biotecnologia: compostagem de resíduos orgânicos, manejo de agroflorestas, e conservação de agrobiodiversidade de milho, cebola, mandioca e o mangarito roxo.

Compostagem

Nessa biotecnologia tradicional, o uso controlado de microrganismos termofílicos e aeróbios é pesquisado para a transformação de resíduos orgânicos em adubo pelo processo de compostagem termofílica. Desde 2015, em colaboração com a COMCAP, e executado pela Associação Orgânica, este laboratório é responsável pela pesquisa e manutenção do maior projeto de compostagem municipal do Brasil, usando o “método UFSC”.  O Pátio de Compostagem Demonstrativo da UFSC utiliza técnicas criados a partir de estudos realizados nesse laboratório, e trata em media 18 toneladas de resíduos orgânicos urbanos por semana.

Manejo de agroflorestas

A pesquisa realizada nessa área tem o objetivo de analisar processos identificados com a “primeira revolução biotecnológica,” ou seja, o processo de domesticação de espécies arbóreas ou de sombra, para recuperar, manter ou aumentar o nível de produtividade em sistemas agroflorestais. Desse modo, os estudos visam a fornecer soluções para gestão e continuação da capacidade produtiva do sistema, o balanço de nutrientes e o suprimento de água aos componentes. Exemplos de espécies estudadas são a palmeira juçara (Euterpe edulis), gerivá (Syagrus romanzoffiana), e o mangarito roxo (Xanthosoma poecile).

Conservação de Agrobiodiversidade

O foco da pesquisa é na aplicação de biotecnologia molecular para compreender o uso de transposons no manejo tradicional de milho e cebola em Santa Catarina. Os estudos têm como objetivo de melhorar a produtividade de áreas rurais pelo entendimento destas ferramentas genéticas usadas para gerar diversidade alélica em genes que afetam a resistência a insetos e fungos, e contribuem para um patrimônio genético diversificado.